Percepções de alunos surdos sobre avaliação da aprendizagem no Ensino Superior

Autores

  • Claudia Aparecida Prates Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia/Supervisora pedagógica
  • José Eduardo Manzini Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, graduação e Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP/Professor e pesquisador

Palavras-chave:

Avaliação da aprendizagem. Ensino Superior. Surdos. Inclusão.

Resumo

A temática da avaliação da aprendizagem é pauta constante nas instituições de ensino em seus diversos níveis, entre educadores e pesquisadores, sobretudo com o advento da inserção do público-alvo da Educação Especial no sistema regular de ensino, e isso vai além das políticas de cotas para o seu ingresso no Ensino Superior. As instituições de Ensino Superior devem oferecer condições para a permanência e êxito desses estudantes, considerando suas especificidades. Partindo desse pressuposto, esse estudo investigou as percepções de alunos surdos sobre o processo de avaliação da aprendizagem utilizado durante o Ensino Superior. Os participantes da pesquisa foram quatro alunos surdos egressos do Ensino Superior na modalidade presencial, de cursos diversos. Trata-se de um estudo qualitativo/descritivo. Como coleta de dados foi utilizada entrevista não estruturada, que foi filmada e, para a transcrição teve o auxílio do intérprete de Libras. A análise de dados se deu por meio da construção de categorias, que é a base da técnica de Análise de Conteúdo. Dessa forma, foi possível evidenciar que há necessidade de transpor desafios, como a construção de acepções mais claras sobre metodologias para o aluno surdo. O surdo apresenta dificuldades com o domínio da língua portuguesa, majoritária e empregada no modelo de avaliação, seu letramento acontece de forma deficitária, uma vez que foi alfabetizado em Língua Brasileira de Sinais (Libras), ainda que tardiamente. Os surdos constroem toda sua experiência cognitiva utilizando a língua viso-espacial e conteúdos imagéticos. Nesse sentido, os instrumentos avaliativos devem considerar essas especificidades, exigindo um repensar das práticas pedagógicas. 

Biografia do Autor

Claudia Aparecida Prates, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia/Supervisora pedagógica

Supervisora Pedagógica no Instituto Federal de Rondônia-IFRO. Doutoranda na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP.

José Eduardo Manzini, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, graduação e Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP/Professor e pesquisador

Livre-docente em Educação. Doutor em Psicologia Experimental. Docente Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, graduação e Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP.

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Publicado

16-09-2020

Como Citar

Prates, C. A., & Manzini, J. E. (2020). Percepções de alunos surdos sobre avaliação da aprendizagem no Ensino Superior. InFor, 6(1), 168–193. Recuperado de https://ojs.ead.unesp.br/index.php/cdep3/article/view/521