Alunos ou pacientes? Um debate acerca da medicalização nos discursos escolares sobre inclusão

Autores

  • Bruna Carla de Carvalho Amaral Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP/Mestranda

Palavras-chave:

Educação. Medicina. Medicalização. Inclusão escolar. Normalização.

Resumo

O presente artigo investiga a medicalização nos discursos escolares, com destaque para as falas sobre inclusão escolar. Em seu percurso, busca traçar os caminhos percorridos pela medicina moderna, desde o surgimento da medicina social, pontuando aspectos que lhe conferiram o poder de normalizar a sociedade, através do estabelecimento de regras e parâmetros a serem seguidos. É a medicina quem delimita o normal e o patológico. Através dos conceitos e análises de Michel Foucault, procura-se traçar as bases para o entendimento da medicalização enquanto tecnologia do biopoder. A instituição escolar tem acesso aos indivíduos na infância, cabendo-lhe o papel de governar seus corpos e conduzir os desviantes de modo a aproximá-los da norma. A escola medicalizada reduz questões de ordem ampla a patologias do corpo culpabilizando o indivíduo pelo não-aprendizado, rotulando crianças, banalizando o uso de fármacos e reduzindo o papel do professor.

Biografia do Autor

Bruna Carla de Carvalho Amaral, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP/Mestranda

Graduada em História. Mestranda na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências, Programa de Pós-Graduação em Educação, câmpus de Marília-SP.

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Publicado

16-09-2020

Como Citar

Amaral, B. C. de C. (2020). Alunos ou pacientes? Um debate acerca da medicalização nos discursos escolares sobre inclusão. InFor, 6(1), 194–211. Recuperado de https://ojs.ead.unesp.br/index.php/cdep3/article/view/522